Comentários Eleison: A LUTA PELAS CONSAGRAÇÕES – I


Por Dom Williamson

Número DCCCXXVII (827) – 20 de maio de 2023

 A LUTA PELAS CONSAGRAÇÕES – I


Se ao menos as almas pudessem enxergar qual é a verdadeira luta!

Então elas se voltariam para Deus, e não se assustariam mais.

 Em se tratando da Igreja Católica, nada é mais normal, por assim dizer, do que lutas pela escolha dos futuros Bispos, porque da Igreja depende o futuro da humanidade, e dos Bispos depende o futuro da Igreja, e isto por duas razões principais. Em primeiro lugar, os Bispos, por meio de suas dioceses, são os pivôs administrativos da Igreja entre o Papa e seu rebanho universal. O Papa é Vigário de Cristo Rei, enquanto cada Bispo diocesano é – ou deveria ser – príncipe por direito próprio de sua própria parte desse rebanho. E, em segundo lugar, os Cardeais devem ser normalmente nomeados entre os Bispos, e o Papa será eleito entre os Cardeais, de modo que a grande maioria dos líderes da Igreja terá surgido entre os Bispos. Humanamente falando, para onde vão os Bispos, normalmente a vai a Igreja.

 Portanto, é perfeitamente normal que, em 1988, sob o governo oficial de clérigos totalmente dominados pela heresia mortal do modernismo, o Arcebispo Lefebvre tenha percebido a necessidade de consagrar seus próprios Bispos mesmo sem a aprovação de Roma, uma vez que sua Fraternidade Sacerdotal São Pio X não teria como sobreviver somente com os Bispos que a Neoigreja modernista lhe proporcionaria. No Capítulo Geral da FSSPX de 2012, era igualmente normal que a ausência de seu fiel Fundador e outros 24 anos de coexistência com os cada vez mais mortíferos modernistas de Roma tivessem embotado a consciência da FSSPX em relação ao perigo de Roma. E em 2023, é do mesmo modo normal que a Neofraternidade esteja lutando para encontrar, com os astutos romanos, candidatos ao bispado que sejam aceitos por ambas as partes. Mas, levando-se em conta o pecado original, também é normal que os romanos vençam a luta.

 Superficialmente, essa luta se desenrola nos detalhes, relatados aqui, relatados ali, com maior ou menor confiabilidade. Por exemplo, parece agora que não existe mais a possibilidade de a Fraternidade estar “vendo mais claramente” da maneira sugerida por estes “Comentários” de duas semanas atrás. Ela estaria apenas torcendo-se e girando no gancho que ela mesma produziu: se eu insisto em respeitar os vilões, serei vítima da vilania. Não posso cear com o Diabo sem uma colher comprida. Do outro lado, parece que Roma está oferecendo o bispado a um ex-Ecônomo Geral da FSSPX, mas que se desentendeu com o Superior Geral há alguns anos e depois se refugiou com seu amigo, o próprio Papa Bergoglio, em Roma. Afinal, como a FSSPX poderia reclamar de um amigo tão pessoal do Papa ter sido colocado à sua disposição? Na verdade, a FSSPX se meteu em uma luta de boxe descabida com esses modernistas. Entre 1988 e 1991, quando o Arcebispo morreu, não foi esta a sua última grande lição para os sacerdotes de sua amada Fraternidade: que não se deve ter nada com os modernistas enquanto estes não retornarem à Fé?

 No entanto, não são os detalhes superficiais que dão forma à luta subjacente. Essa luta é o que importa, e não há nada que seja simplesmente fruto de rumores ou incerto em relação a isso. O Bom Deus criou nosso universo para as almas humanas como um trampolim no qual damos saltos durante a breve duração de nossas vidas terrenas, até saltarmos definitivamente para o Céu, com ou sem Purgatório, de acordo com a forma como escolhemos livremente passar essas vidas. Mas Ele queria dar-nos nada menos que um Céu verdadeiramente de primeira classe, e isso significava necessariamente permitir-nos ter alguns adversários de primeira classe no caminho para esse Céu, que são: o mundo, a carne e o Diabo. O mal destes – sempre que se trata de pecado – Ele mesmo nunca poderia ter causado diretamente, mas teve de permiti-lo. Por isso, Ele criou multidões de anjos, mesmo sabendo que Satanás e seus sequazes se afastariam d’Ele, mesmo sabendo que estes tentariam e fariam cair consigo a maioria dos homens que Ele criaria depois. E Sua Justiça criou o Inferno necessário para castigar os anjos e os homens que caem.

 Portanto, a verdadeira luta pela escolha dos Bispos católicos é travada entre Deus, que deseja povoar o Céu, e o Diabo, que busca povoar o Inferno. E os verdadeiros combatentes ao lado de Deus nesta luta cósmica são menos aqueles que recorrem a tanques, foguetes ou submarinos, do que aqueles que recorrem à oração e ao sacrifício sobrenaturais, por exemplo, com uma metralhadora de bolso de 50 balas que realmente detém o Diabo.

 Que Deus abençoe cada um de vocês, principalmente os que a usam três vezes ao dia. Terão uma grande recompensa.

 Kyrie eleison. 


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Comentários Eleison: CONSAGRAÇÕES – ESCLARECIMENTOS

 

Por Dom Williamson

Número DCCCXXVI (826) – 13 de maio de 2023

 CONSAGRAÇÕES – ESCLARECIMENTOS

 

Julgar e condenar: Deus pode, enquanto eu não posso,

Mas, julgar e discernir: eu devo, para fugir da podridão.

Na semana passada, estes “Comentários” expressaram uma piedosa esperança de que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X pudesse voltar a assumir a posição heroica de seu Fundador em 1988, quando, para a sobrevivência da Fé, ele consagrou, contra a proibição explícita de Roma, quatro de seus Padres como Bispos para defender e proteger a Fé. Infelizmente, é melhor aceitar a realidade do que viver de ilusões. A realidade é que na Quinta-Feira Santa da última Semana Santa, no seminário sacerdotal da Fraternidade em Zaitzkofen, no sul da Alemanha, a cerimônia episcopal de Consagração dos Santos Óleos foi realizada justo por um Bispo consagrado de acordo com o rito duvidoso da Neoigreja, e não com o rito seguramente válido da Tradição Católica.

 Ora, é exagero afirmar que esse novo rito é automaticamente inválido, ou seja, que é inválido em todos os casos. Como todos os novos ritos sacramentais impostos à Igreja nas décadas de 1960 e 1970, na esteira e em nome do Vaticano II (1962-1965), ele é ambíguo em espírito e natureza; ou seja, está aberto tanto à Tradição de Deus quanto à modernidade do homem. Por exemplo, a Igreja de Nosso Senhor é uma monarquia, mas o Bispo retratado no novo rito é de espírito democrático. Assim, o novo rito foi projetado para incluir tanto o novo quanto o antigo, sem excluir nenhum, e era assim que deveria ser para que a revolução conciliar fosse bem-sucedida. Pois se a antiga e verdadeira religião tivesse sido excluída claramente, os católicos teriam visto o que estava acontecendo, e nunca teriam aceitado a revolução, enquanto que se a religião modernista do conciliarismo não tivesse sido suficientemente incluída, a revolução não poderia ter ocorrido.

 Portanto, a ambigüidade era, e continua sendo, a ordem do dia, a fim de corromper os fiéis católicos e colocá-los no processo de deslize até a perda de sua fé. Por exemplo, se algum católico tradicional hoje disser que o Bispo Huonder nunca foi devidamente consagrado, a resposta é: “Oh, não, o novo rito é perfeitamente válido”; enquanto que se algum católico moderno reclamar que o Bispo Huonder está traindo o Concílio ao comportar-se como um Bispo tradicional, então a resposta é: “Oh, não, ele acordou de antemão com o Papa para fazer o que está fazendo”. E o próprio “bom” Bispo, sem dúvida, não vê nenhuma contradição em servir ao mesmo tempo ao Papa em Roma e à Tradição episcopal na Suíça. Mas Deus não é ambíguo de forma nenhuma.

 Aqui está o cerne do problema para milhões de católicos ainda hoje: séculos de filosofia moderna e de liberalismo e liberdade religiosa têm constantemente apagado de suas mentes, pelo menos em matéria de religião, todo senso de qualquer Verdade objetiva correspondente à realidade, que imponha a unidade e exclua a contradição. Para a mente moderna, tal “verdade” não é uma libertação do erro, mas uma tirania mental, uma privação de liberdade, uma recusa da dignidade humana, etc. Aqui está Thomas Jefferson, herói de uma famosa Revolução, escrevendo a um amigo em 1800: “Jurei sobre o altar de Deus hostilidade eterna a toda forma de tirania sobre a mente do homem”. A citação está consagrada no Monumento a Jefferson, na capital de seu país.

 Obviamente, o problema da Verdade estar a serviço da liberdade em vez de a liberdade estar a serviço da Verdade não é de ontem nem de anteontem. Remonta, pelo menos, até Martinho Lutero (1483-1546), “o primeiro homem moderno” (Fichte), que lançou contra a Verdade Católica seu vulcânico “Eu – Homem!”. Contra Lutero, a Igreja Católica precisou nada menos que de todo um Concílio para definir suas verdades dogmáticas de Deus que precisavam pela primeira vez ser definidas, uma vez que estavam sendo tão abaladas pela ascensão da subjetividade movida pelos “direitos do homem”.

 Eis onde começou o nosso mundo moderno, que está tão profundamente imerso no desafio a Deus – “Aqui estou, não posso fazer outra coisa”, gritou Lutero. Então, talvez um Bispo Huonder não seria culpado por não ver nenhuma contradição no que está fazendo? Nem um Papa Bergoglio por encarregá-lo de agir como um Cavalo de Troia dentro da FSSPX? Nem os sucessores do Arcebispo Lefebvre à frente da FSSPX por não terem reconhecido um Cavalo de Troia? Talvez... só Deus sabe tudo, de modo que Seu juízo sobre os sujeitos é infalível. Quanto a mim, não preciso julgar suas subjetividades, mas estou absolutamente obrigado a julgar objetivamente, da melhor maneira possível, para morrer não como protestante, mas como católico, a fim de salvar a minha alma.

 Kyrie eleison.


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Editado pela FBMV

Comentários Eleison: CONSAGRAÇÕES – RETROSPECTIVA

 


Por Dom Williamson

Número DCCCXXV (825) – 6 de maio de 2023

CONSAGRAÇÕES – RETROSPECTIVA


            Não temos a fé que o Arcebispo tinha,

Mas devemos rezar para tê-la, a fim de não enlouquecermos.

 Há uma antiga expressão inglesa referente a quando alguém tenta fazer duas coisas ao mesmo tempo, mas que não podem ser feitas deste modo: “Correr com a lebre e caçar com os cães”. Ou se corre com a caça ou se caça a caça; não há como fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Outra expressão para a mesma realidade é: “Você não pode guardar seu bolo e comê-lo”. Se você comer, não o guardará mais. Se você quiser guardá-lo, você não deve comê-lo. E uma terceira expressão é: “Você não pode ter as duas coisas...”. Ou as mulheres têm uma carreira própria, ou têm seus próprios filhos – ou terão apenas metade de cada um: uma carreira vivida com o anseio por estar com os filhos. Na vida real é necessário escolher, e não “cair entre dois banquinhos”.

 Na Igreja Católica de 1988, o Arcebispo Lefebvre enfrentou uma escolha angustiante: como ele dizia, ou a “Operação Sobrevivência”, para consagrar quatro de seus Padres como Bispos a fim de garantir que a sua Fraternidade Sacerdotal São Pio X pudesse sobreviver para defender a plenitude da verdadeira Fé contra uma falsa autoridade que havia sido estabelecida para destruir essa mesma Fé, algo sem precedente em toda a história da Igreja; ou a “Operação Suicídio”, pela qual ele deixaria sua Fraternidade sem seus próprios Bispos, à mercê, em última instância, dos destruidores que acabariam com a verdadeira Fé, a doutrina, a Missa e o sacerdócio – nada menos que isso. Diante da escolha, não perdeu tempo tentando fazer duas coisas opostas ao mesmo tempo. Sem meio-termo, optou por consagrar alguns Bispos para a Tradição, e os frutos de sua escolha foram a sobrevivência, como vimos, da Fé, da doutrina, da Missa e do sacerdócio católicos. É claro que a falsa autoridade o “excomungou”, mas ele fez pouco caso disso, pois sabia que qualquer penalidade seria tão nula como seus autores, enquanto estivessem arruinando a Fé.

 Ora, quando ele tomou essa decisão, estava bastante só, sem qualquer outro Bispo ao seu lado para a cerimônia de Consagração a não ser Dom Antônio de Castro Mayer, do Brasil. Por confiarem no Arcebispo, os sacerdotes da Fraternidade, em sua grande maioria, o seguiram naquela época, e se orgulhavam disso. O fruto da escolha dele pela Verdade, mantendo-se firme nela sem transigir o mínimo que fosse até sua morte – que ocorreu menos de três anos depois –, foi que, pouco a pouco, durante os 20 anos seguintes, a Fraternidade viveu seus anos mais frutíferos, dando a todo o mundo católico a prova viva de que a Tradição Católica não estava morta nem obsoleta. Pouco a pouco, mais e mais católicos perceberam que foram enganados pelo Vaticano II e seus mestres vilões. Infelizmente, cerca de 20 anos depois das Consagrações, a liderança da Fraternidade deixou de aderir àquilo que havia sido a motivação e a realização do Arcebispo, ou seja, a defesa da Fé traída. Assim, durante outros 15 anos ela passou a buscar alguma aprovação oficial dos líderes sem fé da Igreja, que estão se esforçando mais do que nunca para destruir a Fé, como pelo paganismo da Pachamama, ou pela “Sinodalidade” ao estilo alemão.

 Mas eis que surge um raio de esperança para que a Fraternidade possa voltar-se para seu Fundador, o grande Arcebispo Lefebvre. No dia em que este Comentário foi escrito, 18 de abril, seu Superior Geral, o Pe. David Pagliarani, realizou uma reunião virtual mundial de Superiores da Fraternidade para dizer-lhes principalmente duas coisas. Em primeiro lugar, que comecem a preparar a sua gente nos Priorados ou ao redor dos seminários para a notícia da Consagração de novos Bispos dentro da Fraternidade. Mas com ou sem a aprovação oficial de Roma? “Eis a questão”. Se for com a aprovação de Roma, é muito provável que seja algum tipo de armadilha. Se for sem a aprovação dela, é mais um bom sinal de que os sacerdotes da FSSPX estão recuperando a fé de seu Fundador. E, em segundo lugar, o padre Pagliarani disse que um novo documento do Vaticano sobre o projeto sinodal para o futuro da Igreja declara que “as estruturas hierárquicas da Igreja devem ser desmontadas”. Em outras palavras, a estrutura da Igreja deve ser desfeita, o que é desfazer a própria Igreja. E esse foi o propósito do Vaticano II desde o início, tal como as mentes claras como a do Arcebispo viram desde o início.

 Sua Fraternidade está começando a ver com mais clareza? Ou está deixando-se enganar mais uma vez? Ainda não está claro. Mas, com certeza, a grande guerra entre os amigos e os inimigos de Deus continua exatamente a mesma que se estende através dos tempos. Devemos rezar com fervor o Rosário, e devemos amar a Verdade e dizê-la, aconteça o que acontecer.

 Kyrie eleison.

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Homilia do Domingo depois da Ascensão

 



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Comentários Eleison: EXCOMUNHÕES – RETROSPECTIVA



 Por Dom Williamson

Número DCCCXXIV (824) – 29 de abril de 2023

EXCOMUNHÕES – RETROSPECTIVA

 

Os “bons” modernistas não conhecem mais a Igreja.

O “bom” cardeal Ratzinger nos deixou em apuros.

 No dia 16 de março deste ano, o Pe. Edward MacDonald, cabeça virtual da “Resistência” católica na Austrália e na Nova Zelândia, escreveu um excelente artigo para seus fiéis sobre a chamada “excomunhão” dos quatro Bispos consagrados pelo Arcebispo Lefebvre no dia 30 de junho de 1988 em Écône, na Suíça. O artigo mostra claramente como os modernistas em Roma enganaram os sucessores do Arcebispo à frente da FSSPX e, com efeito, prejudicaram a defesa da verdadeira Fé católica por parte da FSSPX, defesa que permanecerá assim até que a mesma Fraternidade esteja disposta na prática, e não só com palavras, a colocar com clareza, como o fazia o Arcebispo, a Fé integral acima da falsa “obediência”.

 Em qualquer acordo entre a FSSPX e Roma, a questão crucial sempre foi: a quem cabe doravante nomear os Bispos da FSSPX?1 A razão é que a história da Igreja Católica está repleta de exemplos da luta entre amigos e inimigos de Deus – normalmente Igreja e Estado, respectivamente – pelo controle da nomeação de Bispos católicos, porque, sendo a Igreja Católica uma monarquia, e não uma “democracia” moderna, então são os Bispos que formam o povo católico, e não o povo que forma os Bispos.

 Tanto o Arcebispo Lefebvre como o Cardeal Ratzinger entendiam isso muito bem quando se reuniram perto de Roma em 1988 para negociar um acordo entre Roma e Écône. O astuto Cardeal quase tomou do Arcebispo o controle da nomeação dos Bispos da FSSPX no Protocolo (esboço de um acordo) assinado por eles em 5 de maio; mas, pela graça de Deus, o Arcebispo percebeu que estava colocando a Fé em perigo, retirou sua assinatura em 6 de maio e, auxiliado pelo Bispo de Castro Mayer, consagrou em 30 de junho quatro de seus sacerdotes como Bispos naquela que chamou “Operação Sobrevivência”. Mesmo assim ele afirmou que não estava infringindo nenhuma lei da Igreja: “Estamos convencidos de que todas essas acusações ou penalidades das quais podemos ser objeto são nulas, absolutamente nulas, e não as levaremos em consideração”.2 A FSSPX explicou por que o Arcebispo tinha razão em um folheto: “Nem cismáticos nem excomungados”.

 No entanto, cerca de 20 anos depois, Dom Fellay sentiu que as “excomunhões” nulas deveriam ser levadas a sério afinal, porque ele se sentia como se estivesse fora da “Igreja visível”.3 Quanto ao Cardeal Ratzinger, nunca admitiu que o Arcebispo Lefebvre estivesse com a razão em 1988; então, já como Papa Bento XVI, continuava determinado a controlar a nomeação dos Bispos da FSSPX. Uma pré-condição estabelecida para que a FSSPX fosse admitida na “Igreja visível” era que o Papa Bento XVI levantasse as “excomunhões” dos quatro Bispos da FSSPX. A FSSPX rezou para que isto acontecesse, e se alegrou quando as “excomunhões” foram “levantadas” pelo Papa. Depois, imprudentemente expressou sua gratidão ao Papa por sua aparente boa vontade e generosidade.

 Mas, chegando em 2023, a FSSPX já multiplicou seus laços com a “Igreja visível”. Seus Bispos estão mais velhos, e a saúde de alguns deles piorou. Então os fiéis se perguntam: por que não há novos Bispos? A resposta é: porque a FSSPX se encurralou a si mesma. Ao pedir o levantamento dessas “excomunhões” nulas, a FSSPX reconheceu implicitamente que eram válidas, e também implicitamente prometeu que nunca mais voltaria a consagrar Bispos sem a aprovação de Roma, como o fez o Arcebispo em 1988, pois isso seria uma grande demonstração de “ingratidão” para com o Papa Bento, e faria dos sucessores do Arcebispo merecedores de uma nova “excomunhão”.

 Assim, durante a sua vida, o Arcebispo Lefebvre venceu as batalhas com Roma, mas seus sucessores, sem a clareza de sua fé e da percepção da traição modernista, não tiveram o mesmo espírito combativo dele, e não viram como os enganos (objetivos) do astuto Bento/Ratzinger haviam arrancado deles o controle de seus futuros Bispos, paralisando, com efeito, a FSSPX. Eis como o Papa Francisco ou seu sucessor escolherá o próximo Bispo ou os próximos Bispos da FSSPX, e estes novos Bispos virão a formar os sacerdotes e os fiéis da FSSPX, que finalmente serão absorvidos pela Igreja Conciliar. E provavelmente haverá somente um gemido de protesto, já que os fiéis da FSSPX estão sendo cada vez mais docemente enganados a fim de que creiam no catolicismo “renovado” do Vaticano II.

 [Notas: 1 Ver Comentários Eleison 116, de 26 de setembro de 2009. 2 https://sspx.org/en/1988-episcopal-consecrations-sermon. 3 Muitas igrejas “cristãs” são visíveis, de modo que a visibilidade não é uma Nota da única Igreja verdadeira para distingui-la das falsas “igrejas”. Os católicos devem estar onde estão as quatro Notas, nomeadamente, Una, Santa, Católica e Apostólica. E se qualquer “igreja” visível não tiver todas essas quatro Notas, seja anátema. Devemos evitá-la.]

 Kyrie eleison.


Comentários Eleison BR (comentarioseleisonbr.blogspot.com)

Comentários Eleison: VIGANÒ SOBRE A RÚSSIA



 Por Dom Williamson

Número DCCCXXIII (823) – 22 de abril de 2023

 VIGANÒ SOBRE A RÚSSIA

 

Nossos líderes não veem o que está em jogo?

Tudo o que Deus fez, o homem quer refazer.

 Em uma Igreja Católica onde pouquíssimos clérigos ainda têm o discernimento para ver, ou então a coragem de denunciar, por que o mundo que a rodeia está preparando seu próprio suicídio, um clérigo está expondo sem medo, mês após mês, as verdades essenciais. Aqui está, de forma resumida, a encorajadora Mensagem do Arcebispo Carlo Maria Viganò ao congresso da fundação do movimento internacional dos “Amantes da Rússia”, realizado em Moscou no mês passado. Quando um Bispo católico é consagrado Bispo, ele promete não chamar mau o que é bom, nem chamar bom o que é mau. Aqui, o arcebispo Viganò claramente chama maus os nossos atuais líderes mundiais, e bons os russos que os enfrentam. Pode-se ter certas reservas quanto a isto, mas é algo que em essência está correto. Se sua Mensagem não for ouvida, teremos que aprender da maneira mais difícil.

 Acontecimentos recentes demonstraram que o ateísmo materialista que assolou o Império Russo e o mundo a partir de 1917 – como anunciou a Santíssima Virgem Maria em Fátima – uniu-se nos tempos atuais ao liberalismo para constituir a ideologia globalista subjacente à Nova Ordem Mundial. Como o presidente Vladimir Putin apontou com razão em um recente discurso, esse é um projeto saído do Inferno, pelo qual o ódio à civilização cristã quer criar uma sociedade de escravos subservientes à elite de Davos. O objetivo é uma sociedade distópica, sem passado nem futuro, sem fé nem ideais, sem cultura nem arte, sem pais nem mães, sem família nem espiritualidade. Podemos nos surpreender se, depois de descristianizar o mundo ocidental, essa elite considerar a Rússia um inimigo que se deva derrubar? A Federação Russa é inegavelmente o último bastião da civilização contra a barbárie, e reúne em torno dela todas aquelas nações que não pretendem submeter-se à colonização do mundo pela OTAN, pelas Nações Unidas, pela Organização Mundial da Saúde, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional.

 Assim, a recente farsa da covid – absolutamente criminosa em seus métodos – foi seguida de perto pela crise ucraniana. Tais emergências, uma após a outra, estão sendo deliberadamente fabricadas para destruir o tecido social e econômico das nações, dizimar a população mundial e concentrar o controle nas mãos de uma oligarquia que operou uma mudança de regime em todo o mundo. Os teóricos dessa convulsão têm nomes e rostos, começando por George Soros, Klaus Schwab e Bill Gates. Hoje eles declaram que a Rússia é o inimigo, mas, na verdade, eles consideram também os europeus, americanos, australianos e canadenses como inimigos, e os tratam como tais, perseguindo-os e empobrecendo-os.

 Desse modo, o “Estado Profundo” desencadeou a fraude eleitoral de 2020 nos Estados Unidos, que era indispensável para impedir a reeleição do presidente Donald Trump. Da mesma forma, em 2013, a “Igreja Profunda” conseguiu fazer com que o Papa Bento XVI renunciasse, e eleger em seu lugar uma pessoa que agrada a Nova Ordem Mundial, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio. No entanto, enquanto os agentes do Fórum Econômico Mundial dentro dos governos ocidentais e dentro da Igreja conseguem manter os líderes mundiais na palma de suas mãos e forçá-los a agir contra o bem de seus próprios povos, suas revoluções, que tiveram tanto êxito no Ocidente, têm sido providencialmente detidas nas fronteiras da Rússia.

 O propósito declarado dessas revoluções perpetradas contra a humanidade é o estabelecimento de uma tirania infernal, na qual reina supremo o ódio a Deus e ao homem criado à Sua imagem. É o reino do Anticristo. Estamos travando a batalha desta época: devemos permanecer sob o manto da Santíssima Virgem, a gloriosa “Portadora da Vitória”, junto com o Arcanjo São Miguel. A vitória pertence a Cristo, e a todos os que escolhem alinhar-se sob o santo estandarte de Sua Cruz.

 Kyrie eleison.


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Homilia da Ascenção de Nosso Senhor

 



Pedimos desculpar aos fieis pela qualidade do áudio da homilia de hoje. Houve um problema com a gravação principal e tivemos que usar a que é feita em reserva num aparelho inferior.


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Comentários Eleison: REFLEXÕES SOBRE A RESSURREIÇÃO



 Por Dom Williamson
Número DCCCXXII (822) – 15 de abril de 2023

 REFLEXÕES SOBRE A RESSURREIÇÃO

 

Se os católicos vivessem sua vida ressuscitada interior,

Ainda poderiam salvar um mundo que está afundando no pecado.

 “A Ressurreição”, diz o homem moderno, “oh sim, é uma ideia adorável, pois é um conforto para as almas mais frágeis pensar que pode haver algo depois da morte, especialmente algo bom, como algum tipo de céu; mas obviamente não é verdadeira. Depois que as pessoas morrem, elas não voltam à vida; a ciência sabe que isso simplesmente não acontece. A morte é o fim. Precisamos parar de sonhar. Devemos continuar com nossas vidas na terra e vivê-las ao máximo, tanto quanto pudermos, e aceitar que todos morreremos – e isso é tudo. Acabou. Não há mais nada”.

 É assim que muitos homens gostam de pensar, porque evidentemente é algo que lhes dá permissão, por assim dizer, para viverem a vida como querem, sem ter que preocupar-se com nada depois da morte. Eles não precisam preocupar-se com os Dez Mandamentos nem com Deus, nem com o Céu ou o Inferno, nem com a eternidade nem com qualquer outra coisa do tipo. Eles acreditam na ciência, na ciência que diz que tudo isso são bobagens religiosas que não podem ser provadas, e são somente tolices piedosas. Infelizmente para esse tipo de homem, não foi ele quem se criou a si mesmo no ventre de sua mãe, não foi ele quem construiu a estrutura da vida na terra em que nasceu, não foi ele quem estabeleceu as condições nas quais ele vive e morre. “Sabei que o Senhor, Ele é Deus: Ele nos fez, e não nós a nós mesmos. Somos o Seu povo e ovelhas do Seu pasto” (Sl. IC, 3). (Em relação à “ciência”, ela não consegue fazer uma formiga viver... quanto mais um ser humano.)

 E uma parte fundamental dessas condições de nossas vidas é que somos compostos de corpo e alma, e a morte consiste na separação de ambos. Então o corpo normalmente se decompõe e apodrece, como podemos observar, mas, gostemos disto ou não, a alma continua viva, porque é imortal, puro espírito, sem partes materiais que se desintegrem ou se decomponham. Nesse momento da morte, a alma se apresenta ao Juiz divino, e isso é algo que nem nós nem a ciência podemos observar, mas que está estabelecido em muitos lugares da Palavra de Deus (por exemplo, Mt. XXV, 46; Jo.V, 29). Se a alma vai para o Céu, ressuscita para a vida eterna; se vai para o Purgatório, ressuscita para a purgação dos pecados remanescentes até que esteja apta para o Céu; e se vai para o Inferno, ressurge da morte para cair em uma vida de castigos eternos. Em todo caso, a alma vive por si mesma sem seu corpo até que esse corpo se reúna a ela no fim do mundo, para a eternidade.

 “Bem”, diz nosso amigo moderno, “se essas são as condições em que me encontro aqui, não as aceito! Quando fui concebido no ventre de minha mãe, não fui consultado sobre se queria ou não nascer, e se tivesse sido consultado, teria dito NÃO para a opção de viver para sempre. Protesto! Não é justo!".

 Meu amigo, em primeiro lugar, é tarde demais para protestar. Você agora existe, sua alma existe, e ela só deixaria de existir se Deus a aniquilasse, o que Ele poderia fazer, mas jamais fará, como Sua verdadeira Igreja nos disse infalivelmente. E, em segundo lugar, é injusto protestar, porque o único propósito d’Ele ao dar-lhe a vida simplesmente como um presente, sem lhe consultar, era que você fosse para o Céu para desfrutar da felicidade eterna e inimaginável ao vê-Lo espiritualmente em toda a Sua glória deslumbrante. Ora, os animais brutos têm uma alma, mas é uma alma puramente material, incapaz de bem-aventurança espiritual; então, para você compartilhar de Sua bem-aventurança, Ele precisou fazer de você um animal racional com inteligência e livre-arbítrio.

 No entanto, se Deus lhe desse o livre-arbítrio, Ele e você correriam o risco de você usá-lo mal. Mas isso não seria culpa d’Ele. Na verdade, cada alma no Inferno se lembra, com muita clareza, de quão facilmente poderia ter-se salvado, se tão somente assim tivesse desejado, e essa memória é uma grande parte de seu tormento sem fim. Na vida, a ajuda de Deus sempre esteve “mais perto do que a porta” (ditado irlandês), só que a alma é que decidiu não querê-la. É verdade que a alma não foi consultada antes de ser-lhe dada a existência, sem possibilidade de não existir para sempre. Mas a possibilidade de ver Deus é tão magnífica, que é injusto protestar contra ela.

 Por isso, se fomos batizados, deveríamos ter ressuscitado com Cristo dos mortos espirituais para uma nova vida, como diz São Paulo. Esperemos que os católicos levem essa nova vida, e seu exemplo poderá salvar tudo o que ainda pode ser salvo em nosso pobre mundo.

 Kyrie eleison.

Comentários Eleison BR (comentarioseleisonbr.blogspot.com)

Comentários Eleison: CARIDADE!



Por Dom Williamson

Número DCCCXXI (821) – 8 de abril de 2023

 

CARIDADE!

 

A verdade é absolutamente indispensável, suprema!

Sim, mas não é nada, se o amor não estiver presente.

Caros leitores, você e eu podemos ser os maiores dos “restradcats” (“resistentes” católicos tradicionais), mas se não temos verdadeira caridade para com nossos semelhantes, então, nas palavras de São Paulo, “temos toda a fé para mover montanhas”, mas sem caridade somos um “gongo que soa ou um címbalo que retine... não somos nada...” (I Cor. XIII, 1–3). Caríssimos amigos, por acaso vocês já encontraram gongos ou címbalos na Internet?

Se sim, é compreensível. Há uma citação de um profeta do Antigo Testamento (Zacarias XIII, 7) que Nosso Senhor aplicou à sua própria situação no Horto do Getsêmani (Mt. XXVI, 31), após a traição de Judas: “Ferirei o pastor para que as ovelhas se dispersem”. Nessa ocasião, Ele havia sofrido tantas agressões por parte dos servos do Templo, que todos os onze Apóstolos ficaram totalmente confusos, e abandonaram seu divino Mestre. Assim, como o Papa Bergoglio continua sendo hoje atingido pelo mesmo modernismo que atingiu seus cinco predecessores conciliares, lá se vão 58 anos – 1965 a 2023 – de profunda confusão no topo da Igreja; então, quem pode surpreender-se se as ovelhas católicas estiverem dispersas? Ou se elas se virarem umas contra as outras e começarem a se morder? Não é a nossa salvação eterna que está em jogo? Portanto, a tentação de nos voltarmos contra nosso próximo e começarmos a soar como um gongo ou um címbalo é clara... mas é necessário resistirmos a ela. Vamos tentar, por um momento, colocar-nos no lugar de Deus Todo-Poderoso.

Desde a eternidade, Deus sabia que Adão e Eva cairiam, e que a humanidade só declinaria a partir de então, a menos que Ele interviesse para expressar Sua misericórdia por ela, antes e depois de Sua maior intervenção de todas, que foi naturalmente a Encarnação de Seu próprio Filho e a fundação entre os homens de Sua única e verdadeira Igreja. Essa Igreja, Ele decretou, se ergueria por cerca de 500 anos (o mundo antigo); triunfaria por cerca de 1000 anos (a Idade Média); e depois declinaria por mais 500 anos (o mundo moderno). Ao final desses aproximadamente 2.000 anos, Ele decretou não outro triunfo de 1.000 anos, mas, como Seu próprio Filho nos disse, o virtual desaparecimento de Sua Igreja: “Quando o Filho do homem vier, encontrará fé sobre a terra?” (Lc. XVIII 8). (Podemos não entender esse decreto de Deus, mas essa citação diz o que diz.)

No entanto, como poderia a Sua Igreja desaparecer virtualmente se nela sempre tivesse havido bons Papas, Bispos e Padres? E sobretudo bons Papas, porque Ele mesmo edificou a Sua Igreja sobre Pedro (Mt. XVI, 18; Jo. XXI, 15–17). Segue-se que, no fim do mundo, seria o próprio Deus quem decidiria desde a eternidade permitir uma sequência de meia dúzia de Papas (objetivamente) maus, como os que temos visto desde o Vaticano II. Esses seis Papas em particular não foram culpa de Deus, mas de todos os seres humanos, especialmente dos sacerdotes católicos, que ao longo dos séculos construíram a apostasia mundial de hoje, a fim de expulsar o Criador de Sua própria criação e ocupar o Seu lugar. Contudo, a apostasia nunca poderia ter acontecido sem a permissão d’Ele. E foi o próprio Deus quem escolheu fazer Sua Igreja depender de Pedro, caso em que Ele obviamente previu como a própria permissão que deu para que houvesse Papas defeituosos dispersaria as ovelhas católicas. Desse modo, como Ele poderia não ter uma medida especial de compreensão e misericórdia para com elas, ao menos para com aquelas que não quisessem desfazer-se d’Ele? E, mesmo assim, não diz o Sagrado Coração: “Tenho compaixão da multidão” (Mc. VIII, 2)?

Tendo em vista o que se acaba de dizer, seguindo o exemplo divino, não devem os “Restradcats” ter ainda mais compaixão, especialmente de nossos irmãos católicos (Gal. VI, 10)? E tenhamos em conta que muitos não católicos estão sendo levados pelos problemas aparentemente insolúveis do mundo de hoje a pensar em Deus, pelo que muitos deles poderão facilmente acabar entre os últimos que serão os primeiros, enquanto que se nós mesmos não praticarmos a caridade, poderemos facilmente contar-nos entre os primeiros que serão os últimos (Mc. X, 31). Nosso Senhor disse aos Seus Apóstolos que eles seriam reconhecidos como seguidores Seus pela caridade que teriam uns para com os outros (Jo. XIII, 35). Não há muitos de nós católicos tradicionais atualmente escandalizando as almas por nossa falta de caridade em relação aos outros? Responderemos por isso perante o tribunal de Deus, especialmente depois dos dons que recebemos d’Ele para manter a Fé nos dias de hoje.

Kyrie eleison.

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Homilia do 5º Domingo depois da Páscoa

 





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